TRANSPOSIÇÃO DO VELHO CHICO: Agora Todos querem ser o pai…

Por Cícero Lira

Cassados e usurpadores de merenda escolar tentam com selfies e vídeos e andado agora como nunca em solo nordestino, a todo custo, e como sempre duvidando da inteligência dos nordestinos, usurpar também a paternidade da transposição….

E lá vem o Zé ingrato… “E nem incluiria nesta sequência o nome da ex-presidente Dilma porque ela não teve o mesmo empenho… ela não abraçou o projeto com a mesma disposição… tanto assim que o projeto atrasou-se…”
Senador José Maranhão

O Cabra dizer que Dilma não se empenhou nas obras da transposição que não abraçou o projeto com a mesma disposição… Paraibanos, Zé foi Governador, deve ter sido prefeito, Deputado, e agora é Senador e tem mais de 80 anos e me mostre um projeto de vergonha que a paraíba tem que foi obra de Zé… Dizer que Dilma não se empenhou com relação as obras da transposição esse senhor que é um tiranossauroREx da antiquada política paraibana já deveria ter feito um favor ao povo, se aposentar da vida pública…

Seu Zé….

Segue excelente texto do Companheiro Hermano Nepomuceno…

A presidente Dilma empenhou-se, sim, diretamente na execução das obras da Transposição, ao contrário da calúnia assacada pelo senador Maranhão (PMDB), em evento na FIEP, em 30 de janeiro de 2017. Tanto é que, em abril de 2016, o índice de execução alcançou 86,3% da obra: 139 quilômetros de canais construídos do Eixo Leste (Monteiro) e 126 quilômetros concluídos no Eixo Norte (São José de Piranhas); e dos 27 reservatórios, 15 já terminados. No Eixo Norte (Monteiro), a própria presidenta inaugurou a segunda estação de bombeamento (a EBV-2), em Floresta.

Durante a gestão Dilma Roussef, o investimento nas obras da Transposição atingiu o montante de R$ 200 milhões mensais, empregando mais de 5 mil operários. Valor muito acima dos R$ 50 milhões, por mês, que o presidente golpista Temer prometeu ao senador Maranhão, em audiência há pouco. Em 04 de setembro de 2015, ao visitar Campina Grande, a presidenta Dilma garantiu que “a transposição levará ainda todo ano que vem para ficar pronta” (Portal R7.COM, de 05/04/2015); e ainda assumiu, publicamente, o compromisso de realizar, também, o Terceiro Eixo.

Em 30 de outubro de 2003, em seu primeiro ano de governo, após inaugurar a reforma do Aeroporto João Suassuna, o presidente Lula da Silva embarcou em um helicóptero e foi visitar o leito seco do Rio Taperoá e conhecer, in loco, a bacia do Rio Paraíba. Era o ato simbólico que proclamava a decisão governamental de realizar a transposição das águas. Mas as forças contrárias ao Projeto eram muito poderosas, inclusive dentro do próprio Governo Lula.

Eram contra a Transposição os dirigentes do PSDB e do PFL/DEM, inclusive o próprio ex-superintendente da SUDENE; os governadores de Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas; os bispos da Igreja Católica e organismos da CNBB, como o CIMI e a CPT; certos setores da esquerda e de movimentos sociais influentes, como a ASA e o MST; a OAB; atores da Rede Globo e outros artistas do equívoco; e até a própria ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, com poder de fogo para travar o Projeto, até a sua demissão do Governo. E as táticas dos contrários foram muitas: manifestações políticas e sociais, paralisações e greve de fome, embargos administrativos e ações judiciais, inclusive com cerca de 14 ações no STF.

Mas a obra também sofreu outros percalços que atrasaram o seu andamento, dados pela sua complexidade e por problemas em licitações, e até por empreiteiras que abandonaram os serviços. Ainda em 2011, na primeira gestão da presidenta Dilma, foi implantado um novo projeto de gerenciamento, com novo modelo de monitoramento, licitações e contratação em seis lotes. Outro fator de atraso, na prática, foi o Programa de Identificação e Salvamento de Bens Arqueológicos que “registrou quase 93 vestígios arqueológicos e Paleontológicos em 291 sítios encontrados” (Portal do Ministério da Integração Nacional), a um custo de 80 milhões.

Do outro lado, além da determinação presidencial de Lula da Silva e Dilma Roussef, poucas lideranças públicas e sociais entraram em cena para defender o Projeto; o então deputado federal Marcondes Gadelha foi quase uma voz solitária neste intento, juntamente com o seu irmão, Buega Gadelha, presidente da FIEP. Em Campina Grande, a passeata em defesa da Transposição não conseguiu reunir mais de 300 pessoas.

É de bom alvitre recordar que o Projeto, por conta dos percalços legais só foi aprovado em reunião extraordinária do Conselho Nacional de Recursos Hídricos em janeiro de 2007, com ressalvas, ainda. E o início das obras se deu em julho de 2007 com a entrada dos batalhões de Engenharia do Exército, por decisão presidencial de Lula da Silva.

Orçado, inicialmente, em mais de R$ 4 bilhões, o Projeto da Transposição é uma obra portentosa e complexa, trazendo as águas do Rio São Francisco até a altura de 169 metros no Eixo Norte e até 404 metros no Eixo Leste, por meio de 9 estações de bombeamento. São 447 quilômetros de extensão, com 13 aquedutos e 27 reservatórios; passando por 4 túneis, dos quais o Cuncas I, com 15 quilômetros de extensão, é o maior da América Latina. A energia elétrica provém de 9 subestações de 230 quilowatts, abastecidas por 270 quilômetros de linhas de extensão em alta tensão. E um orçamento de R$ 1 bilhão é destinado aos 38 Programas Ambientais, incluindo as cabeceiras e a revitalização do Rio São Francisco. Por tudo isto, e os reajustes anuais de preços, o Orçamento foi refeito em R$ 8,2 bilhões para o ano de 2012.

Quando falam em custos e atrasos da obra, é de bom senso comparar o nosso Projeto a outros projetos internacionais de transposição das águas. Nos Estados Unidos, o Projeto dos rios Colorado/Big Thompson, com 153 quilômetros de canais, teve um prazo de conclusão de 21 anos e um custo de 1,4 bilhão de dólares. Na China, o Projeto Wang Jia Zhai demorou 10 anos para 351 quilômetros com custo de 1,5 bilhão de dólares. No Lesotho, o Projeto Lesotho/África do Sul custou 4 bilhões de dólares e levou 19 anos. No Perú, o Projeto Chavimochic custou 2,15 bilhões de dólares em 10 anos.

Ou seja, até a gestão Dilma Roussef, fizemos bem!

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