No 1º dia da greve dos bancários, faltam envelopes para depósito na Paraíba

Diferentemente da última segunda-feira, quando houve muito tumulto nas agências bancárias de João Pessoa, inclusive pela falta de abastecimento nos caixas eletrônicos, nesta terça-feira (30), primeiro dia da greve dos bancários o movimento estava tranquilo e os caixas de autoatendimento estavam funcionando normalmente. Entretanto, quem tentou fazer depósito bancário não encontrou envelopes para realizar o serviço.

O programador de computadores, José Passos, 61 anos, conseguiu operar os serviços desejados no caixa eletrônico, no entanto, observou que não havia envelopes para depósito. “Eu mesmo fiz uma transferência, mas quem opta pelo depósito fica prejudicado. O usuário tem o direito de realizar esse serviço. Já em relação ao movimento do banco, me surpreendi. Pensei que estaria mais tumultuado, mas foi ao contrário”, disse.

O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, afirmou que o direito do consumidor estará garantido durante a greve, mas sobre a falta de envelopes para depósito nas agências, ele afirmou que a responsabilidade de disponibilizar o material é dos bancos.

Já o secretário municipal de proteção e defesa do consumidor em exercício do Procon de João Pessoa, Ricardo Holanda, disse que assim como fez com o sindicato dos bancários, irá se reunir com os representantes dos bancos na tentativa de minimizar danos como estes. “Até o final da manhã de hoje não houve nenhuma denúncia relacionada à greve, mas caso o caixa eletrônico não esteja disponível, por exemplo, o cliente deve fazer a foto do mesmo e procurar o Procon”, disse.

Embora a liminar do Ministério Público Estadual, assinada pelo juiz José Ferreira Ramos Júnior, da 10ª Vara Cível de João Pessoa, estabeleça que os bancos devem se abster de cobrar juros, multas contratuais e demais encargos financeiros, desde o início da greve, prorrogando-se os vencimentos dos títulos bancários e contratos por no mínimo 72 horas após a greve, entre outras ações. O secretário do Procon da capital ressaltou que “o consumir não está isento de pagar as contas nesse período”.

Dentre as principais reivindicações presentes na pauta nacional da classe estão a expectativa de um aumento salarial de 12,5%, participação nos lucros e resultados, contratação de mais funcionários, fim das metas abusivas e fim do assédio moral.

Jaine Alves

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