Morre em Taperoá o pesquisador e arqueólogo Balduíno Lélis

O corpo do professor, pesquisador e historiador Balduíno Lelis está sendo velado na Câmara Municipal de Taperoá e o sepultamento está previsto para acontecer nesta terça-feira (22), às 16h, no cemitério da cidade, no Cariri paraibano. Balduíno faleceu nesta segunda-feira (21) depois de muita luta contra o câncer, em sua residência.

Em nota, a Associação Paraibana de Imprensa (API) lamenta, com profundo pesar, e em nome de todos os seus associados, a morte de Balduíno Lelis, que era sócio da API há muitas décadas.

Segundo a API, Balduíno era um professor e historiador autodidata que atuou em várias frentes, como a cultura, arqueologia, paleontologia e na criação de uma série de museus, o que lhe garantiu o apelido de “o senhor dos museus”.

Ao todo foram 14 museus implantados pelo historiador: Museu Escola e Sacro da Paraíba, Museu Zoobotânico Arruda Câmara, Museu Epitácio Pessoa (Tribunal de justiça da Paraíba), Museu da Terra e do Homem, Museu de Augusto dos Anjos e Memorial de Humberto Nóbrega (Unipê).
E ainda: Memorial da Energia Cruz do Peixe JP, Museu Histórico de Monteiro, Museu Nacional dos Carros de Boi (Monteiro) ,Memorial de Miguel Guilherme (Sumé),  Museu Histórico e Cultural de Cabaceiras, Museu Nacional do Bode (Cabaceiras) e Museu Didático e Antropológico da FAFI (UFPB).

Balduíno Lelis foi professor na Universidade Federal da Paraíba e da Universidade Federal do Ceará. Já na Universidade de Tóquio (Japão), ele atuou como professor convidado para ministrar palestras sobre baleias pleistocênicas.

No cinema, o pesquisador interpretou vários papéis marcantes, como Capitão Antônio Silvino no longa “Menino de Engenho”, uma produção de Glaber Rocha e Walter Lima; São Gregório no filme “São Gerônimo “de João Bressane; o Coronel Bezerra na minissérie o Auto da Compadecida (gravado em Taperoá) e o pai de Padre Rolim no longa “Um Sonho de Inacim – O aprendiz de Padre Rolim , direção de Eliézer Rolim. Ele também foi um dos fundadores da Academia Paraibana de Cinema.

“Por tudo isso, Balduíno Lelis entrou para a história da cultura paraibana e todos que fazem a API agradecem por ele ter emprestado seu nome e seu talento a esta Associação”, diz a nota.

Deixe seu comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode gostar