Hugo Motta defende vaquejada e criação de mecanismos para proteger os animais

A prática de vaquejada foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), após a corte derrubar uma lei do Ceará que regulamentava o evento, tradição cultural nordestina na qual um boi é solto em uma pista e dois vaqueiros montados a cavalo tentam derrubá-lo pela cauda. O deputado federal Hugo Motta (PMDB) defendeu a prática e pediu debate sobre a vaquejada.

“O Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional, na tarde desta quinta-feira, 06, a prática da Vaquejada. Precisamos levantar esse debate pensando em todos os aspectos culturais que permeiam a realização dessa atividade”, escreveu em seu Instagram o deputado.
Ele ressaltou a vaquejada como “evento regional e cultural e uma forma de representação da vida do nordestino” Segundo o parlamentar a proibição de trará prejuízos econômicos ao Nordeste e deixará mais de 600 mil pessoas desempregadas.

Motta reconheceu que muitas vaquejadas são feitas de forma informal e que nesses eventos os animais são machucados, por isso, ele defendeu a criação de mecanismos para defender o animal.

“Ao mesmo tempo, defendo que se criem mecanismos para proteger os animais que são utilizados nesses eventos, a exemplo dos revestimentos para a cauda, a não utilização de chicotes, esporas e qualquer outro objeto que venha a agredí-los, bem como a utilização de animais doentes. Sabemos que há muita informalidade na realização das vaquejadas nos interiores de alguns estados e que isso provoca vários ferimentos nos cavalos e nos bovinos, e maus-tratos não podem, de fato, ser admitidos”, disse.

Veja a postagem do deputado na íntegra:

Olá meus amigos! O Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional, na tarde desta quinta-feira, 06, a prática da Vaquejada. Precisamos levantar esse debate pensando em todos os aspectos culturais que permeiam a realização dessa atividade.

É importante compreender que ela é um evento regional e cultural, é uma forma de representação da vida do nordestino. E acredito que se faz urgente levar em consideração que, do ponto de vista econômico, a inconstitucionalidade trará prejuízos aos que a tem como esporte, já que é uma prática genuinamente nordestina e que gera mais de 600 mil empregos diretos e indiretos, fortalecendo a economia e o turismo de eventos.

Paralelamente às vaquejadas, acontecem vários eventos, a exemplo de leilões, que fortalecem o agronegócio e incentivam o aprimoramento genético das espécies, e os shows musicais, dando possibilidade aos grandes e pequenos artistas de exporem sua arte.

Ao mesmo tempo, defendo que se criem mecanismos para proteger os animais que são utilizados nesses eventos, a exemplo dos revestimentos para a cauda, a não utilização de chicotes, esporas e qualquer outro objeto que venha a agredí-los, bem como a utilização de animais doentes. Sabemos que há muita informalidade na realização das vaquejadas nos interiores de alguns estados e que isso provoca vários ferimentos nos cavalos e nos bovinos, e maus-tratos não podem, de fato, ser admitidos.

Acredito que o debate deve ser feito de maneira séria e que se encontre um denominador comum para essa questão.

Não podemos ferir os animais, do mesmo modo que não podemos apagar da memória coletiva, na base da força, um símbolo da cultura nordestina.

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