Acusação e defesa de Dilma choram no 5º dia de sessão do impeachment

A advogada Janaína Paschoal abriu o 5º e penúltimo dia do julgamento no Senado. Ela justificou o impeachment como “remédio constitucional”, pediu desculpas pelo “sofrimento” que causou a Dilma e chorou. “Peço que ela um dia entenda que eu fiz isso pensando também nos netos dela.”

Ela reiterou que sua denúncia é baseada em 3 pilares: omissão de Dilma diante do petrolão, as pedaladas fiscais e os decretos de créditos suplementares editados em desconformidade com a meta. “A perícia confirmou os empréstimos, confirmou que são operação de crédito, confirmou que não foram contabilizados.”

Na sequência, foi a vez do advogado Miguel Reale Júnior fazer suas argumentações finais. Disse que o crime está, inicialmente, no uso dos bancos oficiais para financiar o Tesouro. E reafirmou que as “pedaladas fiscais” são operações de crédito. “O lulo-petismo é a legitimação da esperteza malandra. O país não quer mais isso.”

O advogado José Eduardo Cardozo chorou ao deixar a tribuna do Senado, onde fez a última defesa da presidente afastada no julgamento do impeachment no Senado.

Em seu discurso, o ex-ministro da Justiça alegou que as pedaladas fiscais foram realizadas também por Fernando Henrique Cardoso e Lula e que eles não foram processados. Disse que a tese foi construída por um procurador do TCU “suspeito” e um auditor “ainda mais suspeito” e que a acusação “é tão pobre de provas que tem de distorcer as provas da defesa”.

Para finalizar, Cardozo voltou a pedir que os senadores aceitem a proposta de convocar um plebiscito para novas eleições. “Não aceitem que nosso país sofra um golpe parlamentar. Para que Dilma não sofra a pena de morte política”.

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