Seca prolongada provoca prejuízos na Caprinovinocultura do Cariri paraibano

O grupo de extensão de Assistência Técnica à Caprinovinocultura do Cariri, orientado pelo professor Dr. Ricardo de Lucena Barbosa da Universidade Federal da Paraíba – Campus II Areia, tem realizado o acompanhamento a produtores familiares de caprinos e ovinos, alertando sobre os riscos de intoxicações por plantas tóxicas presentes na região e prevenindo assim o índice de doenças parasitárias e infecciosas.

O projeto abrange as cidades de Gurjão, Santo André, Boqueirão, Caturité e Coxixola. Estas foram contempladas com um ciclo de palestras onde foram abordados os principais pontos de risco para a sanidade dos seus rebanhos. Além disso, as propriedades dos beneficiados são acompanhadas diretamente pelos integrantes do projeto.

As pesquisas realizadas pelo grupo de estudos têm como objetivo confirmar a relação entre a ingestão de plantas tóxicas e a ocorrência de nascimentos de animais com deficiências (malformações) na região.

O graduando em medicina veterinária, Valdemar Cavalcante, comentou que a equipe investigou aproximadamente 100 propriedades no Cariri. “Com a seca e a falta de alimentos, os animais ingerem as plantas jurema preta, catingueira e pereiro que são responsáveis por ocasionar problemas reprodutivos (abortos) e malformações em cabritos e borregos”, relatou.

O estudante ainda destacou que esse quadro é agravado pela ocorrência da praga “cochonilha do carmim” que dizimou as plantas de palma, diminuindo ainda mais a oferta de alimento para os animais.

Algumas medidas podem ser tomadas para evitar estes problemas, tais como, não deixar os animais tenham acesso a grandes quantidades destas plantas, principalmente fêmeas em terços iniciais de gestação, bom manejo nutricional e o uso de vermífugos de forma correta com prescrição médica veterinária.

Roberta Lucena

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