Lula segue à frente de Bolsonaro e, no 2º turno, tem 56% contra 31%, segundo Datafolha

A pesquisa do Instituto Datafolha divulgada nesta sexta-feira (17) pela Folha de São Paulo mostra que o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) seguem polarizando a preferência do eleitorado brasileiro.

O levantamento mostra que o petista teria 27% das intenções de voto na pesquisa espontânea, um por cento a mais da última aferição. Já Bolsonaro subiu de 19% para 20%.

Em um eventual segundo turno entre os dois líderes políticos, Lula teria 56% contra 31% do atual presidente, que deverá disputar a reeleição em 2022.

A pesquisa ouviu 3.667 pessoas entre os dias 13 e 15 de setembro em 190 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

Pesquisa espontânea de intenções de voto no 1º turno
Lula (PT): 27% (26% na pesquisa anterior)
Jair Bolsonaro (sem partido): 20% (19% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 2% (2% na pesquisa anterior)
Outros: 3% (2% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 10% (7% na pesquisa anterior)
Não sabe: 38% (42% na pesquisa anterior)

Foram pesquisados quatro cenários no 1º turno. Veja o resultado da pesquisa estimulada de intenção de voto:

CENÁRIO A

Lula (PT): 44% (46% na pesquisa anterior)
Jair Bolsonaro (sem partido): 26% (25% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 9% (8% na pesquisa anterior)
João Doria (PSDB): 4% (5% na pesquisa anterior)
Luiz Henrique Mandetta (DEM): 3% (4% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 11% (10% na pesquisa anterior)
Não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior)

CENÁRIO B

Lula (PT): 42 (46% na pesquisa anterior)
Jair Bolsonaro (sem partido): 25% (25% na pesquisa anterior)
Ciro Gomes (PDT): 12% (9% na pesquisa anterior)
Luiz Henrique Mandetta (DEM): 2% (5% na pesquisa anterior)
Eduardo Leite (PSDB): 4% (3% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 11% (10% na pesquisa anterior)
Não sabe: 2% (2% na pesquisa anterior)

CENÁRIO C

Lula (PT): 44%
Jair Bolsonaro (sem partido): 26%
Ciro Gomes (PDT): 11%
João Doria (PSDB): 6%
Em branco/nulo/nenhum: 11%
Não sabe: 1%

CENÁRIO D

Lula (PT): 42%
Jair Bolsonaro (sem partido): 24%
Ciro Gomes (PDT): 10%
João Doria (PSDB): 5%
José Luiz Datena (PSL): 4%
Simone Tebet (MDB): 2%
Aldo Rebelo (sem partido): 1%
Rodrigo Pacheco (DEM): 1%
Alessandro Vieira (Cidadania): 0%
Em branco/nulo/nenhum: 10%
Não sabe: 2%

Os cenários C e D não foram incluídos nas pesquisa anterior. Esta é a terceira pesquisa Datafolha para as eleições de 2022 desde que Lula recuperou os poderes políticos.

Veja, abaixo, simulações de 2º turno:

Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Lula e Bolsonaro

Lula (PT): 56% (58% na pesquisa anterior)
Bolsonaro (sem partido): 31% (31% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 13% (10% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Lula e Doria

Lula (PT): 55% (56% na pesquisa anterior)
Doria (PSDB): 22% (23% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 22% (20% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Bolsonaro e Ciro

Ciro (PDT): 52% (50% pesquisa anterior)
Bolsonaro (sem partido): 33% (34% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 15% (15% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Bolsonaro e Doria

Doria (PSDB): 46% (46% na pesquisa anterior)
Bolsonaro (sem partido): 34% (35% na pesquisa anterior)
Em branco/nulo/nenhum: 19% (18% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (1% na pesquisa anterior)
Intenção de voto no 2º turno em uma disputa entre Ciro Gomes e Lula

Lula (PT): 51%
Ciro gomes (PDT): 29%
Em branco/nulo/nenhum: 19%
Não sabe: 1%

A pesquisa também apontou os índices de rejeição. Veja abaixo:

Jair Bolsonaro: 59% (59% na pesquisa anterior)
Lula: 38% (37% na pesquisa anterior)
João Doria: 37% (37% na pesquisa anterior)
Ciro gomes: 30% (31% na pesquisa anterior)
José Luiz Datena: 19% (não incluído na pesquisa anterior)
Luiz Henrique Mandetta: 18% (23% na pesquisa anterior)
Eduardo Leite: 18% (21% na pesquisa anterior)
Rodrigo Pacheco: 17% (não incluído na pesquisa anterior)
Aldo Rebelo: 15% (não incluído na pesquisa anterior)
Alessandro Vieira: 14% (não incluído na pesquisa anterior)
Simone Tebet: 14% (não incluído na pesquisa anterior)
Rejeita todos/não votaria em nenhum: 2% (2% na pesquisa anterior)
Votaria em qualquer um/não rejeita nenhum: 1% (2% na pesquisa anterior)
Não sabe: 1% (2% na pesquisa anterior)

Nesse ponto, o entrevistado pode responder mais de um candidato, por isso a soma entre todos os índices não resulta em 100%. A pergunta do instituto é: “Em quais desses possíveis candidatos (o cartão é mostrado) você não votaria de jeito nenhum no primeiro turno da eleição para presidente da República em 2022? E qual mais?”

Bolsonaro tem altos índices de rejeição entre estudantes (73%) e evangélicos (44%). Lula é mais rejeitado entre os preferem o PSDB (74%) e ente homossexuais/bissexuais (16%). Doria é tem altos índices de rejeição entre os que ganham mais de 10 salários mínimos (45%) e entre as donas de casa (26%. Ciro Gomes é mais rejeitado entre os que preferem outro partido que não seja PT, PSDB, MDB e PSol (36%) e entre moradores do Sul (22%)

Entre aqueles que votaram em Bolsonaro em 2018, 26% dizem rejeitar seu nome para a disputa presidencial de 2022, e 68% não votariam de jeito nenhum em Lula.

1 Comentário

  1. Muito bom Lula ter seus direitos políticos assegurados e mais uma vez poder voltar a disputar a Presidência da República.

    Não há dúvida de que, se não fosse o espetáculo montado para excluir Lula das eleições de 2018, o ex-presidente teria vencido o pleito já no primeiro turno, naquele ano.

    Mas para além das irregularidades apontadas pelo STF no julgamento do Lula no âmbito da Lava Jato, é preciso que se diga também que a condenação sem provas do ex-presidente Lula fundou-se sobretudo em ódio de classes.

    Todo o ódio das elites nacionais contra Lula se deve ao sucesso do seu governo.

    Imaginavam que um ex-metalúrgico de origem humilde, que passara fome e que vivera na miséria no agreste de Pernambuco, não tinha capacidade para governar o país. Enganaram-se redondamente. A aprovação do presidente Lula ao final do seu mandato foi fantástica: 87% dos brasileiros julgaram ÓTIMO o seu governo. Isso fez intensificar o ódio que as elites nacionais conservadoras já nutriam contra Lula.

    Então as classes dominantes, movidas por sua intensa aversão a pobres, começaram a vociferar contra Lula e Dilma, como cães raivosos a expelir seu babo de ódio pelos cantos da boca.

    E quando perceberam que não conseguiriam vencê-los nas urnas, então passaram a tramar uma “saída”: impicharam Dilma e tomaram o poder !!

    Com o impeachment rasteiro e brutal da presidente Dilma Rousseff, o Estado democrático deu lugar a um Estado policial arbitrário, sob o comando de déspotas togados e procuradores fanfarrões que passaram a empreender uma implacável e obstinada cruzada contra ex-presidente Lula com o claro objetivo de excluí-lo das eleições de 2018, a qual certamente venceria no primeiro turno, conforme apontavam todas as pesquisas à época.

    Ao sabor das circunstâncias e para atender a conveniências políticas, criou-se uma farsa jurídica e assim, desvirtuando-se princípios e preceitos constitucionais pétreos, negou-se ao ex-presidente Lula o DIREITO POSITIVO, reto, justo e correto, e lhe impuseram pela via da exceção o ANTIDIREITO, cerceando-lhe a defesa e condenando-o sem provas cabais, impedindo-o de participar das eleições de 2018, a qual certamente venceria no primeiro turno, conforme apontavam todas as pesquisas à época.

    Assim fizeram com Lula. Foi condenado sem provas, levado ao cativeiro e ali “amordaçado”, silenciado, mantido como preso político para que não concorresse ao pleito presidencial e, mais uma vez, fosse eleito presidente do Brasil.

    Um jogo de cartas marcadas, uma grande farsa jurídica com propósitos claramente políticos, forjada nos porões da República de Curitiba, e que certamente será lembrada pelas gerações futuras como uma das páginas mais sujas, tristes e iníquas da história do Brasil.

    Tentaram excluí-lo da vida política, mas fracassaram !! Tiraram Lula da eleição de 2018, mas não conseguiram tirá-lo do coração do povo.

    Ele está de volta e parece agora mais motivado ainda a servir ao povo que tanto ele ama e por quem é tão amado.

    Todas as recentes pesquisas de intenção de votos para 2022 apontam para a vitória de Lula em todos os cenários para presidente da República.

    Que Deus o abençoe e proteja nessa sua nova jornada de volta rumo ao Planalto!!

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