Arquitetos criticam Trevo das Mangabeiras e dizem que obra está incompleta

R$ 25 milhões em investimentos, promessa de atender a 200 mil pessoas, mas ainda incompleto. É pelo menos assim que o Trevo das Mangabeiras está sendo tratado nos grupos de discussão entre os arquitetos de João Pessoa. Eles criticam o fato de faltarem duas das quatro alças que deveriam ser incluídas no empreendimento. A obra foi entregue pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), nesta segunda-feira (31), com show de Flávio José e muitos discursos.

O grupo encaminhou esboço ao blog de como deveria ser o Trevo das Mangabeiras, que, eles insistem, deveria ter mais duas alças para poder adquirir o status de concluído. A observação é a seguinte: o motorista que vier da Penha pela Avenida Hilton Souto Maior em direção à principal dos Bancários não poderá fazê-lo através do Trevo. Da mesma forma, quem vier dos Bancários em direção ao José Américo, não terá acesso à Hilton Souto Maior através do Trevo.

O Trevo das Mangabeiras foi alvo de muita polêmica antes de sair do papel. Precisa ser visto como uma vitória, já que terá impacto positivo no trânsito. Pelo menos é o que se acredita, mas não custaria muito uma obra desta envergadura prever todos os caminhos de acesso. Ou seja, ele foi entregue, mas os motoristas que vierem da Penha para os Bancários continuarão pegando desvio. Quem for dos Bancários para os José Américo, também. Para esses motoristas, o Trevo das Mangabeiras merecerá apenas meia comemoração. E com custo de R$ 25 milhões.

Mas ainda tem algo pior: é desaconselhável para qualquer pessoa atravessar de Mangabeira para o Jardim Cidade Universitária a pé ou de bicicleta, já que o projeto não contempla de forma adequada os pedestres ou os ciclistas. A passarela central da pista, dizem os arquitetos, é muito estreita e o acesso não é facilitado. Quem quiser terá que ir na sorte.

JP

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