A Ceia – Por Ivan Alexandrino

Exaustos. Fadigados. Tristes. Adoecidos. Despedaçados. Esperançosos…

São esses os sentimentos de 2020. O mundo está em pânico. Procura-se a cura de uma das maiores epidemias da história da humanidade. E enquanto ela não chega o sofrimento se acumula e as perdas dos entes queridos se avultam.

A cada dia amanhecido é como se tivéssemos escapado da morte. E é!!! Esse sentimento vai tomando corpo em nosso próprio corpo. Sente-se cansaço na alma porque muitas vezes deixa-se de acreditar na ciência. Perde-se um pouco a fé e passa a desenvolver o medo e a busca pelo obscurantismo.

Lembra-te que lá no início do ano não tínhamos a menor ideia de tamanha luta pela sobrevivência. Tem sido desafiador para todos e muitos não encontram sequer um prato de comida para alimentar a si e aos seus. É duro a realidade de quem não tem um trabalho. Certamente para esses a vida ainda é mais cruel. A fome já é um fardo pesado demais para além da pandemia.

Apesar de tudo isso o calendário não parou. Estamos mais velhos sim! Comemorações talvez tenham sido adiadas mas o tempo correu…

Chegamos em dezembro, semana do Natal, e se vamos chegar com vida agradeçamos a Deus, pois muitos não tiveram a mesma sorte. A ceia do Natal esse ano certamente será dolorida para muita gente… E se houver a ceia, peça oração para o irmão, pai, avô que se foi, ore também por quem vive sem teto, na prisão, doente em um leito de hospital, mas sobretudo peça pela sua família a quem você deve todas as suas realizações.

E se quiser paz no ano novo, não é preciso vestir branco, é só usar essa força em julgar o outro, transformando-a em coragem de olhar para si mesmo.

(Me. Ivan Alexandrino)

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